Alunos do curso Agricultor Familiar do CAB fazem visita técnica à EAgro
Nesta segunda-feira, 21, alunos do curso de formação inicial e continuada (FIC) Agricultor Familiar do Campus Avançado Bonfim (CAB), localizado no nordeste de Roraima e na fronteira com a Guiana, participaram de visita técnica à Escola Agrotécnica (EAgro) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Campus Murupu.
As atividades foram acompanhadas pelos professores e engenheiros agrônomos Eliselda Ferreira Corrêa e Raimundo de Almeida Pereira, do CAB. O objetivo da visita foi propiciar aos estudantes o acesso a técnicas e experiências voltadas ao contexto da agricultura familiar, que estão em desenvolvimento naquela unidade de ensino da UFRR.
Conforme a professora Eliselda, a visita proporcionou uma experiência diferenciada para os estudantes, pois foi voltada para as práticas de otimização dos recursos disponíveis na propriedade associadas às técnicas de baixo custo em sistemas produtivos integradores. “E tudo que foi apresentado é o resultado da busca de respostas para os problemas enfrentados pelos agricultores familiares”, disse, destacando a receptividade dos professores e dos técnicos do Campus Murupu. “Foram muito atenciosos e deixaram um sempre bem-vindo aos colegas e aos estudantes do IFRR”, concluiu.
Para a estudante do curso Lindalva Menezes, que também faz parte da Associação dos Produtores Rurais Fruto Verde, do Bonfim, a aula de campo foi rica em conhecimentos e informações técnicas. “Contamos com a paciência do professor, que explicou cada mecanismo, a funcionalidade de cada plantio, dos experimentos das hortaliças, a construção da mandala, o sistema de irrigação muito bem montado e eficiente, o biofertilizante, as compostagens. Vimos como criam ovinos, porcos, galinhas e fazem o preparo da silagem. Conhecemos o centro ou a minifábrica de iogurte. Uma experiência única”, comentou.
A oportunidade de conhecer na prática não apenas o que está sendo ensinado em sala de aula mas também novos conteúdos foi comentada pelo aluno Wandel Carlos Sousa da Silva. Ele disse ter chegado ao local com muita curiosidade em assuntos de que não tinha conhecimento, tais como minhocário e adubos naturais, e ter ficado surpreendido com algumas práticas.
“Surpreendeu-me saber que os resíduos de peixe também podemos utilizar nas plantas e que o minhocário em si não é difícil de fazer e manter. Entendi que lá eles têm uma grande preocupação com os pequenos produtores e que fazem tudo na intenção de ajudá-los. Observei que, no momento, a preocupação não é com a produção de grande escala, e sim com formas de adubação naturais e os biofertilizantes, com os quais eles fazem muitos testes no intuito de repassar as experiências positivas ao pequeno produtor. Sendo assim, creio que no futuro não teremos tantas adubações químicas; teremos um solo rico em nutrientes e alimentação saudável. Após essa viagem, minha curiosidade aumentou muito mais em relação à agricultura. Quero mais e mais adquirir conhecimentos na área e poder ajudar com meu conhecimento produtores leigos, assim como fui ensinado nessa aula”, disse Carlos.