Pesquisa investiga comportamentos dependentes e patológicos em praticantes de esportes e exercícios físicos
Com o objetivo de identificar a presença de comportamentos sugestivos de transtornos, bem como fatores de risco que podem favorecer o surgimento e a prevalência de comportamentos dependentes e patológicos associados ao esporte e/ou exercício físico, a acadêmica do curso de Licenciatura em Educação Física do Campus Boa Vista (CBV) Letícia Fonseca Barros, sob a orientação das professoras doutoras Alexandra Marçulo e Eliana Mendonça, está desenvolvendo o projeto “A prevalência de comportamentos dependentes e patológicos em praticantes de esportes e exercícios no contexto de Roraima”.
O projeto é implementado por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (Pibic) e investigará uma amostra de aproximadamente 300 indivíduos, de ambos o sexo, com idade de 18 a 60 anos, praticantes de atividades físicas e esportes em qualquer modalidade.
A investigação também faz parte dos estudos desenvolvidos no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física (Gepef), o qual as pesquisadoras integram.
Segundo Letícia, espera-se que os objetivos do estudo sejam alcançados, diante da importância da temática no contexto atual. “Espero que a investigação permita uma análise aprofundada da presença de sintomas que caracterizam os transtornos e que ressalte a necessidade de observação constante e criteriosa da existência de seus preditores no ambiente esportivo, como forma de prevenção e orientação aos indivíduos participantes, bem como aos profissionais de Educação Física e Psicologia, para que sejam capazes de identificar tais problemas em seu contexto de atuação”, disse a acadêmica.
“O contexto esportivo, considerado um meio de aquisição de saúde física, mental e bem-estar, ao longo do tempo vem dando sinais de ser um forte potencializador do sofrimento dos indivíduos em relação às suas expectativas sobre o corpo, o desempenho e as pressões socioemocionais, motivadas pelo ideal de mudança física que atenda aos padrões sociais”, explicou a professora Alexandra.
Fases da pesquisa – A coleta das informações será feita em dois momentos. No primeiro, ocorrerá por meio de abordagens, nos espaços de circulação do campus, quando serão ouvidos os servidores e os alunos que voluntariamente desejarem contribuir. Além disso, ocorrerá nas atividades de esportes internas, para medição do índice de massa corporal (IMC), mediante o acompanhamento dos integrantes do projeto.
Já no segundo momento, os participantes receberão um link, via WhatsApp, para responder ao questionário on-line com informações complementares à pesquisa.
Ao final, os resultados serão transformados em um artigo, que será apresentado em comunicações científicas, nas quais as pesquisadoras pretendem dar visibilidade ao estudo.